Saturday, January 13, 2007

és um homem tão bonito quanto a cara do teu filho, tempo, tempo, tempo, tempo...

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais?

Assisti aos "anos rebeldes" pela primeira vez aos 20. Eu era da banda de lá.
O autor apresenta a série dizendo que hoje em dia a maioria das pessoas se identificaria com a Maria Lucia, dita individualista, e não com o João, que abdica da vida "comum" belo bem coletivo. Estamos falando dos anos 60, golpe, um sonho pra lá de distante de um país justo com menor desigualdade social.
Eu era da banda de lá. Lembro-me bem do sentimento de identificação total e da compreensão da "causa", apesar de achar de um radicalismo extremo e tal. Mas nunca podemos nos colocar no lugar de alguém 100%. Radiacal? Não era radical em certo contexto, no entendimento de várias pessoas, muitas que tiveram de partir num rabo de foguete. É uma página negra. Um passado negro cobrindo não só o Brasil como toda a pobreza da América Latina. Sabe, é dfícil olhar a história do mundo e entender. Ver que depois de tanta coisa, é tudo a mesma coisa. Que depois de tudo o que foi feito, dossiês e maracutaias vêm a tona nos mostrar que tudo é mais do mesmo. As mãos mudaram. Mãos que quiseram estar lá e lutaram. Conquistaram. Chegaram lá por mãos que acreditaram.
E uns poucos salvam-se.
Uns poucos.
Que podem pouco.
Hoje, revendo a série, surpreendi-me com outro sentimento. Hoje, sou completamente Maria Lucia. Revendo aos 30.

A única certeza é: o que seria do amarelo, se todos gostassem do azul?

2 comments:

Bailandesa said...

Oi Eliane, taí uma boa idéia! Lembro que fiquei superdividida na época em que assiti. Tinha um pouco dos dois em mim. Vou tentar conseguir O Dvd pra reassistir e ver como me sinto.
beijo

Bailandesa said...

Devidamente linkado também :)
bjks e tks