Sunday, April 29, 2007

Quem é que vai pagar por isso?


Foi com surpresa que me deparei outro dia com um costume que eu jurava que não existisse mais. Estava jantando num restaurante com meu namorado quando o garçom trouxe dois cardápios para a mesa. Ambos listando todos os pratos da casa, mas o meu, sem os preços. Quem deve pagar a conta, afinal? Como se houvesse uma resposta única para uma questão tão complexa. Vamos resolver isso de uma vez por todas: no caso de ser apenas um casal de amigos, cada um paga a sua parte, a não ser que um queira fazer uma gentileza para o outro. O outro, elegantemente, retribuirá numa próxima vez. Terminada a sessão amigos, vamos ao que interessa: encontros amorosos, sexuais ou matrimoniais. Queridas feministas, fiquem fora disso.

Se o homem convidou a mulher para jantar pela primeira vez, ele paga. Não tem acordo.

Se o homem convidou a mulher para jantar pela segunda vez, paga de novo.

Se está meio duro, que a convide para um lugar modesto, sem problema.

Se esses jantares evoluíram para um namoro, ninguém mais está convidando, eles simplesmente combinaram de comer alguma coisa depois do cinema, então ela pode começar a pagar de vez em quando.

Se ele andou aprontando, sendo grosseiro ou pisando na bola, podem estar juntos há 20 anos: ele paga. Caro.

Se ela andou aprontando, sendo grosseira ou pisando na bola, ele paga também, para que ela não pense que as coisas se resolvem assim tão facilmente, com uma continha de restaurante.

Se ele não tem um tostão, está desempregado, quebrado, falido, mas compensa sendo um cara sensacional, ela paga quantas vezes for preciso (mas torcerá, em silêncio, para que essa situação seja passageira).

Se ela não tem onde cair morta, mas é tão doce que faz questão absoluta de pagar pelo menos uma vez na vida, ele a leva para comer um cachorro-quente e permite que rachem a conta.

Se os dois são milionários, ele paga.

Se os dois são duros, estão fazendo o que num restaurante?

Se o casamento está em crise, ele paga. Era só o que faltava fazê-la chorar e arcar com a conta ainda por cima.

Se o casamento está em plena lua-de-mel, ele paga. E vai achar barato.

Se ela é uma deusa e ele um medonho, ele paga.

Se ele é um gato e ela um tribufu, nada muda, ué: ele paga.

Se ele é um gato, um papo ótimo e uma cama melhor ainda, ela cozinha em casa para ele e nunca mais o deixa escapar.

Se ele é grosso, ignorante e mal-educado, ela paga a conta e pede licença para ir ao toalete, quando na verdade vai pegar um táxi para casa e providenciar a troca do número do telefone.

Se você não se encaixa em nenhuma dessas situações, ele paga.


(Um texto delicioso!)
(Martha Medeiros - 25 de Março de 2007 - Revista O Globo)

Saturday, April 28, 2007

pensamentos desconexos

Boate da moda.
Boate gay (os melhores DJs).
Algumas boas risadas.
Frio. Cansaço. Sono. Um longo caminho a percorrer. Táxi.
Chegar em casa de dia.
Estou velha, não tenho mais idade.


Tuesday, April 24, 2007

playlist

Music and lyrics, música e lágrimas, música e tanta coisa.
Lugar comum dizer que uma canção tem esse poder de nos transportar no tempo. Taí! A verdadeira máquina do tempo! No lab hoje a tardinha estava tocando sweet child o'mine do Guns. Putz! Guns'n'Roses! That's damn old! Ficamos, meu primeiro amigo dutch e eu, a divagar sobre esse passado... Eu nunca faria esta ponte entre "sweet child o'mine" e meu amigo dutch, por exemplo. Agora tá passando o trem azul do Milton. E Milton é Milton. Não sou nova, mas também não folga! Ele faz parte de todas as histórias. Longe de ser sazonal como a canção do Guns, as mesmas canções podem ser calçadas em várias épocas; quando se acerta o número, vai sempre servir em diferentes situações. Há até canções que não ouço normalmente, não fazem parte da minha "playlist", mas que, às vezes, ouço só pra matar saudades de alguém bem distante. Passo a gostar da música por aqueles 3 minutos.
Playlist de hoje? Preparando uma aula chatérrima tentando manter um mínimo de silêncio a minha volta pondo barulho em meus ouvidos?
Chico Buarque, obra completa. Rodando desde manhã. Quero ficar no teu corpo feito tatuagem...

Sunday, April 22, 2007

As tulipas...


Não só é primavera como, pela segunda vez, perdi os campos repletos de tulipas. Vi algo que, apesar de lindo, é bem meia-boca para os padrões holandeses ... aiai... Tudo bem, ano que vem tem mais!
Bom, este fim de semana uni o útil ao cansável. Na minha resolução de me ver uns 3 quilos a menos, "bicicletamos" 30 quilômetros em busca das tulipas perdidas. Os quilos ainda não se foram, mas as tulipas... rs

Thursday, April 19, 2007

O que é certo

E depois de tudo, sei que 2 coisas são certas:
1- Deus existe e
2- Deus é pai.

Entendendo alguma coisa

A vida é engraçada. Ainda bem! É pra se rir, não pra chorar mesmo. Vai entender um homem que te ama ter filho com outra, vai entender salário mínimo ínfimo, vai entender um tiro na testa por um relógio de camelô, vai entender tanta coisa...
Ssbe gente, é tanta coisa que eu fico sem jeito...
Eu preciso aprender a só ser.

Parabéns pra você!


Pôxa, andei fora do ar em Terra Brasilis e o aniversário deste blog passou em brancas nuvens! Um parabéns às bobagens e memórias!

jet lag

Depois de passar uma chuva em Terra Brasilis estou eu aqui curtindo um jet lag do cão! Que coisa! Não durmo desde sábado e o dia aqui agora vai até as 9 da noite! Putz! Como um brasileiro normal pode ir dormir em horário de gente?
Estou mal-humorada... sem dormir, sem pensar... só comer! Inferno!
Mas a terrinha aqui está linda, toda colorida, tudo é flor. Tudo é verde. A temperatura está ainda amena mas muito agradável, combinando com o florido todo. Vamos ver se este ano eu não perco os campos de tulipas! Affff! Morar na Holanda e não andar nestes campos é muito absurdo! rsrsrs
Tudo está novo. Após um clean up tudo fica novo, florido e junto com a estação esperando pelos frutos que virão, saborosos e doces. Vamos ver se também regulo o jet lag da vida.

*****

Meu irmão casou-se este fim de semana. O primerio de casa que casa. Mãe inconsolável, família feliz, como em todo o casamento feliz de filho único homem .

*****

Em Terra Brasilis o tempo estava meia-boca. Pra quem vinha das zoropa, muito meia-boca! Pra quem esperava curtir uma prainha, já que todos por lá reclamavam do calor intenso e do sol escaldante... muito meia-boca.

Thursday, April 12, 2007

Quem vive de passado...

Ouvi algumas vezes na minha vida que eu deveria deixar o passado pra trás e seguir adiante.
Estou eu então seguindo adiante carregando esse peso todo sem perceber? Será que é isso que pesa tanto? Mas como um peso-pena interferiria quando se toca em frente? Como diz aquela cançao, eu "penso que seguir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente." Talvez, não seja assim tão simples. E aí, ocorre isso. Toca-se em frente sem se compreender bem a marcha. E se vai marchando mesmo assim, meio que às cegas. E, talvez, tateando no escuro se tropeça em encontros. Uns econtrões que se dá pela vida. Tropeça-se e marcha-se adiante.
Tropeça-se no que foi.
No que seria.
No que não será.
E ainda no que é. E no que está por vir.
Eu não sei onde esse caminho vai dar. Mas vou seguindo.
Porém hoje, sem decidir, deixei algo pra trás. "Sei que nada será como antes, amanhã (...) Resistindo na boca da noite um gosto de sol..."
(Viva o Milton!)

Wednesday, April 11, 2007

pedra lascada

Essa internet da Idade da Pedra Lascada é tão lenta que dá uma preguiiiiiça...
Outra hora eu posto aqui. sorry...
Vou passear por entre os blogs. :)

Tuesday, April 03, 2007

até embaixo d'água

Os holandeses gostam tanto de bike q vc pode achá-las até debaixo d'água...



Ah, menina tonta! Toda suja de tinta...

De onde viemos?
Pra onde vamos?
Ah, menina tonta, quanta pergunta idiota!
E nós nos ceracamos delas, perguntas idiotas. Porque, na maioria das vezes, nós temos as repostas pras nossas próprias perguntas. Às vezes, elas pulam na nossa frente, nós é que nos fazemos de tontos. Como a menina tonta na ponte...

Não é pra entender mesmo.

*****

"Pode ir armando o coreto
e preparando aquele feijão preto
Eu to voltando."